A História da Igreja Primitiva
Depois de haver escrito o inicio da história de Jesus, no Evangelho que leva seu nome, Lucas o historiador da igreja apostólica, escreveu, no livro de Atos, uma história maravilhosa acerca dos acontecimentos que se seguiram. Abrangeu o período crítico da igreja apostólica, aproximadamente, do ano 31 d.C. a 63 d.C. escreveu uma parte com minuciosa e diligente investigação de todos os fatos, a partir de sua origem, conforme menciona no Evangelho que, dirigindo-se a Teófilo, a quem escreve a história (Lucas 1:3); e de outra forma, como testemunha ocular dos fatos ocorridos. Produziu toda s obra sob a inspiração do Espírito Santo. O Espírito conduziu sua mente ao conteúdo que deveria ser incluído no livro, explicando-lhe com clareza que nele é percebida. Isso ocorreu possivelmente no ano 63, antes do fim do julgamento de Paulo, em Roma, informação que Lucas não incluiu (Atos 28:30). Caso tivesse escrito após esse acontecimento ocorrido em 63, certamente o teria acrescentado.
Embora no mundo romano houvesse numerosas condições favoráveis para a pregação do evangelho, a igreja teve que enfrentar situações muito críticas que dificultaram seu trabalho.
As condições favoráveis foram; um governo bastante estável, imposto pelo Império Romano em todo o território em que a igreja realizou sua obra; segurança relativamente confiável, oferecida pela paz romana mantida pela ação eficiente do exército imperial; idioma grego, conhecido em todos os locais do Império, até os mais afastados, que facilitava a comunicação; boa rede de estradas bem conservadas e sem maior perigo de assaltantes.
A parte crítica apresenta vários elementos, mas entre os piores, estava o mau prestígio recíproco entre judeus e romanos, que precedeu a igreja em quase todos os lugares aos quais seus pregadores chegaram. Os judeus de Roma disseram a Paulo: “Queremos ouvir de sua parte o que você pensa, pois sabemos que por todo lugar há gente falando contra esta seita” (atos 28:22 NVI). Entre os romanos não era diferente. A falta de prestígio inicial chegou até Cornélio Tácito (56 – 117 d.C.), historiador romano contemporâneo, que registrou o fato em seu Livro Annales. O livro não está completamente conservado, mas felizmente chegaram até nós partes sobre a história contada no livro de Atos. Essa foi a época dos imperadores Tibério (14-37), Calígula (37-41), Claudio (41-54) e Nero (54-68). Fala do caráter supostamente criminoso de Cristo, que “foi executado pela sentença do Procurador Pôncio Pilatos, quando Tibério ainda imperador”, e dos cristãos, como grupo “odiado por seus vícios”. Outro problema é que onde quer que os pregadores cristãos chegassem. Eram acompanhados por tumultos e desordens.
Nada disso os favorecia. Mas também nada os detinha em seu avanço. O livro de Atos relata o progresso da igreja incluindo seus triunfos e fracassos, sua admirável unidade na missão e seus conflitos doutrinários, a história de seus líderes cheios de virtudes e, em algumas ocasiões, sujeitos a simples divergências de opinião.
O que Lucas escreveu não é uma simples história de feitos humanos. Embora seus protagonistas se apresentem na mais visível humanidade de sua experiência, atuavam sob o poder do Espírito Santo. Através de todo o livre, Lucas inclui a obra do espírito Santo de forma tão constante que, em cada fato narrado, de algum modo se refere a ela, a tal ponto que bem se poderia dizer que o livro de Atos dos Apóstolos, como é conhecido hoje, é o registro da obra executada pelo Espírito Santo por meio dos apóstolos e seus seguidores.
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